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Clean-Label Foods – Um Novo Desafio Para os Rótulos de Alimentos Processados

19 Nov 2021

Os consumidores estão a tornar-se cada vez mais conscientes da sua saúde, levando-os a procurar alimentos mais “naturais" em detrimento de alternativas mais processadas.

Isto representa um desafio significativo para o setor da indústria alimentar, que para se adaptar com sucesso, deve desenvolver produtos com rótulos apelativos e de fácil leitura, promovendo alimentos com uma composição simples, baseada em ingredientes naturais.

Se a pandemia da COVID-19 nos ensinou alguma coisa, é que a nossa saúde é a prioridade mais importante das nossas vidas.

Os consumidores estão a tornar-se mais conscientes sobre os alimentos que comem, compreendendo que os alimentos desempenham um papel importante na promoção de um estilo de vida saudável. A indústria alimentar precisa tanto de satisfazer as expectativas dos consumidores, cada vez mais conscientes sobre a saúde, como de expandir uma gama de produtos capaz de satisfazer as suas preferências.

Esta complexidade está a impactar a rotulagem dos alimentos. Apesar da legislação alimentar ter sido introduzida para tornar este processo simples, preciso e fácil de compreender, a evolução do setor alimentar está a despoletar a introdução de novos produtos no mercado com rótulos e descrições complexas de forma contínua.

A importância da rotulagem de alimentos

Estudos recentes (junho de 2021) conduzidos pelo IFIC (International Foundation for Integrated Care) em adultos com mais de 18 anos de idade mostraram que:

  • Quase dois em cada três inquiridos dizem que os ingredientes têm, pelo menos, uma influência moderada nas suas compras alimentares;
  • Quando compram, os consumidores consultam a informação presente na embalagem em detrimento da informação disponível online ou de contactos pessoais;
  • A maioria dos consumidores diz estar mais atento à lista de ingredientes, escolhendo ingredientes naturais e evitando alternativas “químicas”;
  • Quase metade dos "clean eaters" definem-se como consumidores de alimentos não altamente processados. Isto inclui optar por produtos frescos e orgânicos, ou alimentos que contenham uma lista simples de ingredientes;
  • A principal motivação dos consumidores na escolha alimentar pretende-se nos benefícios para a saúde.

Assim, os consumidores "clean eaters" procuram alimentos com "clean-label", alimentos geralmente considerados como simples e naturais. Contudo, este conceito não se encontra legislado, nem devidamente definido. 

É geralmente entendido como um rótulo simples com uma lista de ingredientes naturais. São produtos alimentares não excessivamente processados e não contêm aditivos, ingredientes artificiais ou organismos geneticamente modificados. São produzidos de uma forma simples, utilizando ingredientes reconhecíveis, que os próprios consumidores poderiam utilizar ao cozinhar em sua casa.

Curiosamente, parece que a pandemia da SARS-CoV-2 contribuiu ainda mais para a evolução destes alimentos. O inquérito IFIC, acima referido, demonstrou que o comportamento dos consumidores se tornou mais saudável durante a pandemia, à medida que adotaram hábitos alimentares mais saudáveis, aumentaram os seus hábitos de higiene pessoal e mostraram uma preferência crescente para fazer refeições caseiras.

No entanto, a composição dos alimentos é apenas um elemento dos produtos alimentares com "clean-label". É também importante salientar, que os consumidores esperam que estes alimentos tenham um impacto mínimo sobre o ambiente. Isto representa um desafio adicional para a indústria alimentar. Não só tem de reformular os seus produtos, substituindo ingredientes artificiais por alternativas "naturais", como também tem de fazer a transição para uma transformação excessiva, utilizando novas técnicas mais simples, seguras e sustentáveis.

Esta nova tendência alimentar reflete-se também na rotulagem dos alimentos. Após a adoção generalizada de rótulos tais como, vegetarianos, veganos, geneticamente não modificados, livres de aditivos e de elevado valor nutricional, foi agora introduzido um novo termo - "totalmente natural". Os regulamentos introduziram várias regras e condições que as empresas devem cumprir para a maioria das alegações nutricionais (tais como produto "livre de", "baixo teor de" ou "alto teor de”). Contudo, quando se trata de enfatizar a origem natural dos produtos ou os seus processos de fabrico, as regras são um pouco mais difíceis de compreender. É por isso que as empresas devem procurar aconselhamento especializado junto de uma equipa técnica que tenha um conhecimento profundo tanto da legislação local, sobre rotulagem de alimentos, como das práticas do mercado local.

A SGS opera com uma vasta rede de peritos globais em rotulagem alimentar, que apoiam os operadores do setor alimentar, assegurando que os rótulos dos produtos alimentares, presentes em múltiplos mercados, encontram-se em conformidade. 

Avaliar um rótulo alimentar, especialmente se este tiver informação complexa e o produto estiver disponível num mercado mundial, é uma tarefa difícil. A equipa técnica da SGS considera a legislação aplicável ao produto e utiliza a sua perícia para avaliar os potenciais riscos, antes de aconselhar as organizações sobre a direção mais segura para apresentar a informação no rótulo do produto. 

Como Hipócrates disse em 400 a.C., "Que a comida seja o teu remédio e o remédio seja o teu alimento". Os alimentos são, há muito, considerados um fármaco natural. Os alimentos certos proporcionam saúde a longo prazo, construindo um sistema imunitário forte e permitindo-nos alcançar bem-estar físico e mental. À medida que os consumidores começam, cada vez mais, a compreender estes conceitos, a indústria alimentar deve adaptar-se em conformidade, devendo fornecer alimentos saudáveis, seguros e sustentáveis e rotulá-los, como tal.

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