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A importância da Garantia do Relatório de Sustentabilidade ESG para o seu negócio

09 Aug 2022

A sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa (RSC) já não são questões que os negócios podem somente abordar sem agir sobre eles.

O Greenwashing – ser amigo do ambiente nas práticas de negócio – já não é aceitável para os novos primeiros atores da mudança – os mercados financeiros. Ao invés, a gestão de topo deve encontrar uma forma eficaz de quantificar as operações do seu negócio face aos critérios ambientais, sociais e de gestão (ESG).

O envolvimento ativo da direção das empresas resulta de uma mudança profunda no modo como os mercados financeiros estão a abordar a sustentabilidade e a RSC. Os investidores já não se estão só a focar nas demonstrações financeiras. Pelo contrário, estão a levar a cabo uma abordagem integrada à tomada de decisões que envolve a informação financeira e os fatores ESG. Esta abordagem está a ganhar apoio pelas autoridades governamentais.

FALAR A MESMA LÍNGUA

Melhorar as normas laborais e os registos dos direitos humanos, reduzir o uso dos recursos, a pegada de carbono, emissões, etc. Estes são conceitos que todos compreendemos e reconhecemos como importantes. Agora, existem múltiplos padrões para ajudar os negócios a obter resultados positivos em cada uma destas áreas, fornecendo as métricas em que os gestores da qualidade se têm focado tradicionalmente quando olham para a melhoria da sustentabilidade e a RSC.

O ESG é diferente. Engloba todos estes fatores e, mesmo assim, está focado no impacto material no negócio. O propósito dos gestores de qualidade e dos membros da direção pode, em última análise, ser o mesmo – o de trabalhar de forma mais eficiente e com um impacto reduzido no ambiente e na sociedade –, mas a linguagem que ambos empregam para descrever e alcançar estes objetivos pode ser muito diferente. Os gestores de qualidade estão preocupados com a melhoria da sustentabilidade para reduzir o risco, enquanto a direção está interessada nos fatores ESG porque são uma parte vital daquilo que um investidor irá considerar – é parte da sua materialidade.

O QUE É A MATERIALIDADE?

A materialidade considera todos os aspetos de um negócio que podem afetar a oportunidade e o risco. Os investidores, tradicionalmente, focaram-se na materialidade financeira, uma vez que o seu interesse principal tem sido o ‘resultado final’. As coisas estão a alterar-se e, agora, os investidores e entidades reguladoras estão a ganhar interesse pela materialidade não financeira, pelo que a materialidade ESG tornou-se numa primeira preocupação para os negócios.

Compreender a materialidade empresarial tem diversas vantagens. Permite relatar as questões não financeiras tendo em vista a melhoria das decisões de investimento, a avaliação das oportunidades e riscos, reforçando o envolvimento dos stakeholders e contribuindo para proteger o futuro de um negócio contra mudanças legais e de regulamentos.

A maré de mudanças para os líderes de negócios consiste na materialidade ESG, que não pode ser considerada menos importante, já que se está a interligar totalmente com a materialidade financeira. As ações negativas relacionadas com a materialidade ESG vão prejudicar a performance e a condição financeira.

QUAL O MELHOR ENQUADRAMENTO ESG?

A análise eficaz da materialidade requer o enquadramento ESG correto. No entanto, não pode existir uma abordagem única para os negócios, já que estes são todos diferentes entre si. Cada organização tem os seus próprios critérios de materialidade baseada em fatores tais como o tipo de indústria, onde opera e as exigências dos stakeholders. Estas circunstâncias vão afetar a atitude que uma qualquer organização vai tomar, permitindo-lhes definir a agenda e a direção para o seu caminho ESG. A sua abordagem deve ser clara, verificável e defensável.

Existem vários enquadramentos bem estabelecidos. São exemplo disso o Global Reporting Initiative (GRI), o Sustainability Accounting Standards Board (SASB), o OECD Due Diligence Guidance for Responsible Business Conduct, o Corporate Human Rights Benchmark (CHRB) e a ISO 26000. Algumas são normas mais tradicionais (ISO 26000), enquanto outras não (CHRB). Contudo, todas cobrem assuntos semelhantes – emissões, dano ambiental, normas de trabalho, igualdade de salários, etc. – e vão contribuir para que uma empresa melhore o modo como aborda a sustentabilidade e a RSC.

Escolher o enquadramento ESG correto depende de uma panóplia de fatores, como o alinhamento com os objetivos (p.e. estamos focados em reduzir as emissões?), jurisdição, escolha do concorrente, etc. Cada um destes dá às organizações uma base sobre a qual se pode construir e relatar os seus objetivos ESG.

O QUE É A GARANTIA?

Números publicados pela International Federation of Accountants (IFAC) a junho de 2021 mostram que 91% das organizações elaboram algum tipo de informação sobre sustentabilidade. Contudo, para ser eficaz em termos de envolvimento por parte dos investidores, esta informação tem que vir com segurança, e apenas 51% destas organizações providenciam este fator para as suas divulgações. Destes 51%, só 63% foram conduzidos por uma empresa de auditorias ou afiliados. A maioria (88%) dos relatórios que transmitiam segurança foram limitados, o que significa que a garantia estava apenas relacionada com determinados tópicos (p.e. emissões) do relatório de sustentabilidade.

A garantia acrescenta valor, porque cria confiança nos relatórios de ESG. A verificação em relação a uma norma reconhecida vai otimizar o valor de um relatório ESG. As normas dominantes para a garantia no mercado são, atualmente, o International Standard on Assurance Engagements 3000 (ISAE 3000) E O AccountAbility’s (AA) AA1000 Assurance Standard. O ISAE 3000 foca-se principalmente em procedimentos de garantia, enquanto a AA1000 concentra-se sobretudo na qualidade dos processos de relatórios.

AA1000

Adotar a norma AA1000 permite-lhe evitar a necessidade de despender recursos na criação de diretrizes personalizadas. A flexibilidade inerente ao seu enquadramento permite que seja adotada por negócios de todas as dimensões e indústrias – o seu âmbito pode ser concebido à medida das necessidades da sua empresa.

A AA1000 demonstra um alinhamento com os princípios AA:

  • Inclusão – as pessoas devem ter uma palavra a dizer sobre as decisões que as impactam;
  • Materialidade – os decisores devem identificar e ser claros quanto aos tópicos de sustentabilidade que importam;
  • Capacidade de Resposta – as organizações devem agir de forma transparente em matéria de sustentabilidade material e nos seus impactos relacionados;
  • Impacto – as organizações devem monitorizar, medir e ser responsáveis pelo modo como as suas ações afetam os seus ecossistemas mais amplos.

Enfatiza a necessidade das organizações se envolverem eficazmente com os stakeholders, identificar tópicos de sustentabilidade material e demonstrar a existência de uma estratégia de negócio responsável. Alcançar isto traduz-se numa melhoria da confiança, reputação, na atração dos stakeholders e, quando ligado a empréstimos financeiros, pode reduzir custos de capital.

PRÉ-GARANTIA/GARANTIA

As ramificações da não obtenção da garantia face a uma norma reconhecida podem ser dispendiosas. As organizações que se aproximam da garantia do ESG pela primeira vez, e aqueles que estão em transição entre normas, devem sempre completar a análise das lacunas, como parte da pré-garantia. Assim, vão identificar as áreas que necessitam de melhorias antes da auditoria, reduzindo a possibilidade de consequências negativas.

OLHAR PARA O FUTURO

Até aqui, o compromisso corporativo com o ESG tem sido motivado pelos investidores, mas o panorama está a alterar-se. Em abril de 2021, a União Europeia emitiu uma proposta para fortalecer os relatórios e a garantia de sustentabilidade através da Diretiva sobre Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD). Se adotado, mudará fundamentalmente o modo como as organizações de todas as dimensões têm que abordar o ESG, aproximando os requisitos regulamentares das exigências do setor financeiro.

GARANTIA ESG DA SGS

A SGS disponibiliza uma gama abrangente de soluções de garantia de ESG rentáveis, incluindo uma análise às lacunas.

As organizações podem beneficiar da nossa avaliação do risco ESG independente, do devido zelo, da verificação dos dados e da garantia de relatórios. Também damos aos fornecedores de financiamento, investidores, agências de rating e outros stakeholders, provas dadas de desempenho ESG, que lhes permite tomar decisões informadas acerca de investimentos em empresas que promovem práticas de negócio sustentáveis e responsáveis.

Para mais detalhes, incluindo o documento de informação relativo ao nosso Sustainable Report Assurance (SRA), visite a nossa página Sustainability Solutions.

 

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